Mais da metade dos casos de violência patrimonial e financeira foi praticada contra pessoas idosas acima de 60 anos, no Brasil. Os números são da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, que registrou 12 mil denúncias desse tipo de violência contra pessoas idosas, entre janeiro e a primeira semana de julho, deste ano.
• Quais são os golpes mais comuns contra idosos?
– Caixa eletrônico: no terminal, o idoso é abordado por uma pessoa que se identifica como funcionário do banco. Essa pessoa o convence a atualizar o cadastro, inserir nova senha e reutilizar o caixa. Na falsa ajuda, o suposto funcionário consegue trocar os cartões, causando prejuízo financeiro à vítima.
– Via celulares e computadores: uma das armadilhas mais comuns é quando o golpista se passa por alguém da família e pede dinheiro, via mensagem ou por voz (geralmente, tentando imitar alguém da família). Há também o golpe em que o bandido se identifica como funcionário de alguma empresa (de telefonia, bancos, lojas, etc.), e solicita informações bancárias, de resgate de senhas, de redes sociais, códigos do Whatsapp, etc. Golpistas também se passam por outras pessoas próximas, com números clonados e pedem depósitos em dinheiro para os contatos.
O conselho é jamais deixe o número de telefone visível nas redes sociais; nunca compartilhe o código de autenticação do Whatsapp, não passe a senha de bancos a contatos pelo telefone, não clique em links suspeitos com promoções tentadoras e mantenha o celular e o computador protegidos com antivírus.
O Estatuto da Pessoa Idosa prevê como crime “o ato de receber ou desviar bens, dinheiro ou benefícios de idosos”, o que é entendido como violência patrimonial ou financeira. Isso pode gerar pena de até 4 anos de prisão. Qualquer desconfiança ou situação do tipo deve ser denunciada à polícia (190) ou ao disque 100.
Um abraço para todos.
Ana Brocanelo – Advogada.
OAB/SP:176.438
Fonte: EBC – Rádio Agência Nacional. “Maioria das vítimas de crimes financeiros é de pessoas acima dos 60.‘ Por Sayonara Moreno. Publicado sob licença CC BY 4.0.