Ana Brocanelo

Ter um negócio em família é viável?

De acordo com dados do SEBRAE, no Brasil, de cada 100 empresas familiares, somente 30% chegam à segunda geração e 5% à terceira. Não é difícil entender o índice desfavorável da sucessão: sócios e funcionários de uma mesma família podem não entrar em acordos claros e bem estabelecidos de questões societárias, fiscais e contratuais. Essa falta de clareza gera conflitos, desconfiança e insatisfação.

De acordo com dados do SEBRAE, no Brasil, de cada 100 empresas familiares, somente 30% chegam à segunda geração e 5% à terceira. Não é difícil entender o índice desfavorável da sucessão: sócios e funcionários de uma mesma família podem não entrar em acordos claros e bem estabelecidos de questões societárias, fiscais e contratuais. Essa falta de clareza gera conflitos, desconfiança e insatisfação.

 

Os conflitos desestruturam a própria família, não somente o negócio. Algumas questões das empresas familiares ultrapassam os corredores do escritório e invadem a vida pessoal de cada um. Por exemplo, quando um herdeiro se casa, precisa realizar acordo antenupcial, mas nem toda noiva ou noivo compreende essa necessidade, sentindo-se preterido ou julgado. Cabe ao advogado ter a sensibilidade necessária para realizar os acordos com a concordância de todos os envolvidos, sem ferir sentimentos.

 

Não só em caso de um a união, um advogado especializado em Planejamento Sucessório auxiliará a preencher todas as outras brechas que uma empresa familiar pode gerar ao longo de seu crescimento, cuidando de tudo:

 

• Conhecimento das peculiaridades da família;

• Reorganização societária para preservação do patrimônio que será sucedido por filhos e cônjuges;

• Contratos particulares de doações, usufrutos e testamentos;

• Planejamento e condução de casamentos, com pactos antenupciais, regime de casamento etc.;

• Adaptação societária após maioridade dos filhos;

• Governança corporativa: estabelecimento de regras de convivência da família na empresa e tomadas de decisões.

 

As soluções podem ser práticas, mas chegar a elas envolve uma relação delicada entre advogado e diversos membros de uma mesma família, com seus sentimentos e expectativas em relação a um negócio construído para durar. Há reuniões em que é preciso um tato excepcional e uma grande paciência para acalmar ânimos e explicar com a maior clareza possível por que certas decisões precisam ser tomadas e respeitadas.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438 | OAB/ES: 23.075

Fonte: OverBR. “Ter um negócio em família é viável?” Texto editado. http://migre.me/wLYQh

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