Ana Brocanelo

É possível fazer o reconhecimento da União Estável após o falecimento do cônjuge?

O reconhecimento da União Estável após a morte é importante também para fins de herança e de direitos previdenciários, pois a pessoa reconhecida como companheira ou companheiro tem direito à parte da herança do falecido e também pode requerer benefícios previdenciários como a Pensão por Morte.

Essa dúvida é muito comum aqui no escritório:

 

— Eu e meu companheiro nunca reconhecemos nossa União Estável e, agora, ele faleceu. Como posso provar? Construímos uma vida juntos, temos filhos e bens adquiridos durante nossa união”.

 

Sim, é possível fazer o reconhecimento da União Estável após o falecimento de um dos parceiros, comprovando o relacionamento. Esse reconhecimento pode ser feito somente por meio de processo judicial, com apresentação de provas que demonstrem a existência da relação conjugal e a convivência duradoura dos companheiros, como por exemplo, a declaração de testemunhas, contas conjuntas, fotografias em redes sociais, etc.

 

O reconhecimento da União Estável após a morte é importante para fins de herança e de direitos previdenciários, pois a pessoa reconhecida como companheira ou companheiro tem direito à parte da herança do falecido e também pode requerer benefícios previdenciários como a Pensão por Morte.

 

É necessário provar que a união teve uma convivência duradoura, pública e contínua. Desta forma, caso exista algum herdeiro da pessoa que faleceu e que seja contra o reconhecimento dessa união, deve-se instaurar um processo para que o companheiro possa ser incluído no inventário juntamente com os herdeiros para que ocorra a divisão equitativa dos bens do falecido.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438

Mais Posts

Madrastas também podem ser chamadas de mãe?

Amor, insegurança, conquista de espaço – ser madrasta é muito mais complexo do que parece. No Dia das Mães, essa reflexão vai além das flores e do parabéns formal: fala de vínculos reais, desafios emocionais e direitos legais que poucas conhecem. Quer saber mais sobre os desafios e os direitos das madrastas? Leia nosso artigo completo.

A Madrasta Deve Pagar Pensão Alimentícia ao Enteado?

A responsabilidade da madrasta pela pensão alimentícia do enteado gera dúvidas jurídicas e sociais. Embora a legislação brasileira não determine essa obrigação, em alguns casos, a relação socioafetiva pode influenciar decisões judiciais. Quer entender melhor como esse tema é tratado na legislação? Confira nosso artigo e descubra mais sobre os critérios adotados nos tribunais!

A série Adolescência aos olhos do Direito Civil

Já imaginou como o Direito Civil aborda a responsabilidade dos pais por atos de seus filhos menores? No artigo, exploramos o impacto da legislação brasileira à luz da série “Adolescência”, discutindo deveres familiares e formação cidadã. Acesse o conteúdo e entenda as implicações legais e reflexões sobre educação e convivência familiar.

Deixe sua mensagem