Se eu pedisse para você pensar em uma lista de pessoas que você gostaria de pedir perdão.
Ao longo da sua vida, essa lista pode ser longa. Você pode desejar o perdão de seu marido por uma discussão mal resolvida e que ficou no tempo. Perdão de seu filho, por não ter tido ânimo depois de um dia de trabalho para brincar como ele gostaria que fosse. Perdão de sua amiga, pois você não estava lá em um momento de necessidade.
Quando pensamos em perdão, olhamos somente para as pessoas que nos rodeiam; para perdoarmos ou sermos perdoados. Certamente, você deseja a validação do perdão dessas pessoas.
Perdão das outras pessoas não é algo que podemos exigir e controlar. Aquele velho ditado de que “você não pode controlar o que acontece com você, mas sim como você reage a isso” é verdade. E também se aplica ao perdão.
Não podemos controlar se alguém de quem gostamos escolhe nos perdoar. O que podemos controlar é quem escolhemos perdoar. Devemos começar por nós mesmos e a lógica é inversamente proporcional… se não podemos nos perdoar primeiro, como podemos aceitar o perdão de alguém?
Perdoar a si mesmo é um de nossos maiores desafios, pois relaciona-se com a capacidade de autoaceitação e autoestima. Às vezes, a pessoa não se perdoa porque, quando se olha no espelho da vida, só enxerga dor. Isso acontece porque ela julga situações passadas com valores do presente.
Nem sempre é fácil ter compaixão por si mesmo, mas é algo que pode ser profundamente libertador. É normal ser humano, cometer erros e aprender com eles para que você possa assumir quem você deseja ser. Diante de um erro, não perca a lição que a vida acabou de te ensinar.
“Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas“. Por Chico Xavier.
Um abraço para todos.
Ana Brocanelo – Advogada.
OAB/SP:176.438