Ana Brocanelo

Malu Mulher revolucionou a TV ao retratar o divórcio e a emancipação feminina.

A novela (ou série) abordou temas relacionados aos novos costumes que floresciam na época de forma explícita e corajosa, como o direito das mulheres, violência doméstica, de gênero, o divórcio (instituído oficialmente no Brasil em junho de 1977), a educação dos filhos, o conflito de gerações e a emancipação de mulher que não precisa se submeter à figura do marido.

“Malu Mulher” foi uma série de televisão brasileira apresentada pela Rede Globo entre 24 de maio de 1979 a 22 de dezembro de 1980. Foi criada e dirigida por Daniel Filho.

 

A série abordou temas relacionados aos novos costumes que floresciam na época de forma explícita e corajosa, como o direito das mulheres, violência doméstica, de gênero, o divórcio (instituído oficialmente no Brasil em junho de 1977), a educação dos filhos, o conflito de gerações e a emancipação de mulher que não precisa se submeter à figura do marido.

 

Interpretada por Regina Duarte, a personagem Malu foi pioneira. Optou pela separação como forma de recuperar sua identidade e reconstruir a vida de forma independente. Diferentemente das personagens predecessoras que se separavam por conta de um marido vilão ou por já terem um outro amor, Malu rompeu seu casamento sem pensar em uma nova união. A trajetória da personagem foi a de “começar de novo”, sem as restrições do casamento, mas enfrentando uma autonomia para a qual não estava preparada.

 

O capítulo inicial do programa explora a separação tumultuosa de Malu e Pedro Henrique, incluindo as brigas com agressões físicas e verbais, a insegurança e o medo de sua filha adolescente, Elisa, e a clara desarmonia familiar. Durante o primeiro ano da série, Malu sai de casa e enfrenta muitas dificuldades financeiras, tentando se sustentar e cuidar de sua nova casa, bem como de sua filha. No segundo ano, Malu amadurece e consegue um emprego estável em um instituto de pesquisa. Isso marca o começo de uma nova fase em sua vida, em que está pronta para explorar novos relacionamentos amorosos.

 

“Malu Mulher” tornou-se um símbolo da mulher brasileira, divorciada e empoderada que tentava tomar conta do próprio destino.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438

Fonte fotográfica e de vídeo: Globo/Reprodução.

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