Uma mulher australiana afirmou que cedeu à pressão do marido e teve um filho apenas para deixá-lo feliz, com medo que ele fosse trocá-la por outra mulher. Atualmente, a criança tem 2 anos, e mesmo amando-o, ela diz que preferiria ter uma vida sem filhos.
Após um divórcio conturbado, ela não desejava mais constituir uma família e havia perdido o interesse em ser mãe. Porém, conheceu seu atual marido e casou novamente com 38 anos. A partir desse momento, seu marido começou a pressioná-la para ter filhos. Ela tinha medo de que, se não fizesse dele um pai, o marido poderia deixá-la por uma mulher que o faria. Ela foi convencida, então, a parar de tomar anticoncepcional e não demorou para engravidar.
Vivemos em uma sociedade que historicamente coloca a maternidade como um ideal feminino. Mas por que não podemos optar pelo nosso próprio corpo? Acreditar e dizer que toda mulher deve sonhar ou viver um sonho com a maternidade é uma pressão cruel e que pode ser traduzida como pesadelo até para algumas mães que se sentem de maneira diferente.
• Geração NoMo’ – ‘Not Mothers:
Cada vez mais mulheres estão desistindo da maternidade ou simplesmente estão fazendo prevalecer a vontade de nunca ter filhos. No Brasil, 37% das mulheres não querem ter filhos apesar da série de pressões sociais e culturais do inabalável relógio biológico e da ideia de feminilidade relacionada a maternidade.
Maternidade é sinônimo de felicidade? Ser mãe obrigada pelo marido a ter filhos é violência de gênero?
Qual a sua opinião?
Um abraço para todos.
Ana Brocanelo – Advogada.
OAB/SP:176.438