Ana Brocanelo

Minha namorada pode ficar com metade dos meus bens caso a gente se separe?

Se você está em um relacionamento amoroso sério com sua namorada ou namorado e não deseja, ainda, constituir uma família, mas deseja preservar seu patrimônio, é possível utilizar-se do Contrato de Namoro. Mas, ele é válido juridicamente?

Se você está em um relacionamento amoroso sério com sua namorada ou namorado e não deseja, ainda, constituir uma família, mas deseja preservar seu patrimônio, é possível utilizar-se de um instrumento jurídico que define e normatiza esse tipo de relação para que ela não se configure como uma União Estável. Esse instrumento é chamado de Contrato de Namoro.

 

O Contrato de Namoro serve, justamente, para diferenciar um relacionamento que não objetiva a constituição familiar, de um regime de União Estável, no qual é caracterizado como uma convivência duradoura entre duas pessoas que, morando juntas ou não, objetivam constituir e permanecer como uma família de forma pública.

 

No entanto, o Contrato de Namoro ainda não encontra entendimento pacífico em nossa jurisprudência e apresenta duas vertentes distintas, Há tribunais que entendem ter validade jurídica pelo princípio de que as partes podem livremente contratar entre si e, tribunais que entendem não haver embasamento legal no documento, pois depende da realidade vivida pelos envolvidos e que ele não é capaz de afastar ou impedir o reconhecimento da União Estável e seus efeitos, mesmo que o tipo de relação tenha sido caracterizada apenas como um namoro.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438 | OAB/ES: 23.075

Mais Posts

Informalidade nos Casamentos Ainda é uma Constante

Muitos casais ainda optam pela informalidade nas uniões. Porém, a regularização do casamento ou da união estável é essencial para garantir direitos, especialmente em questões patrimoniais e de sucessão. Entenda seus direitos e evite complicações no futuro!

Guarda Compartilhada: De quem é a Palavra Final em Casos de Impasse?

A guarda compartilhada é uma realidade cada vez mais comum entre famílias que passam pelo divórcio ou separação, mas muitas dúvidas ainda surgem sobre como funciona na prática. Quem toma as decisões finais sobre a vida da criança? O que acontece quando os pais não chegam a um consenso?

Quais despesas entram na pensão alimentícia?

Pensão alimentícia: mais do que um valor. Além das despesas básicas, como escola e saúde, outras como passeios e roupas também devem ser consideradas. A moradia também influencia no cálculo. Quer saber mais? Leia o artigo na íntegra.

Mãos de idoso sendo apoiada por mãos de jovem

Avós podem pedir alimentos aos netos?

Você sabia que, em casos excepcionais, avós podem solicitar pensão alimentícia de seus netos? Descubra quando e como isso é possível, e quais são os fatores que influenciam o processo de solicitação.

Deixe sua mensagem