Na Live de amanhã, irei conversar sobre como os pais influenciam, para o bem ou para o mal, no bem-estar das crianças diante de um Divórcio e da Guarda Compartilhada.
Apesar das diferenças e das circunstâncias jurídicas, a Guarda Compartilhada é a melhor opção? Isso depende da relação dos pais? A Guarda Unilateral pode ter mais impactos negativos na criança? Existem diferenças no bem-estar dos filhos comparando os dois regimes? O equilíbrio da Guarda Compartilhada é mais benéfico emocionalmente para os filhos?
A avaliação desses fatores são de extrema importância, não podemos negar isso, claro, mas esses preceitos importam aos pais, juízes e aos advogados.
O que, realmente, importa às crianças? Seus pais.
Qual a sua opinião? O tratamento, as atitudes, o modo de agir e, principalmente, o que se fala às crianças mudam a forma como os filhos percebem, entendem e lidam com o Divórcio e o dia a dia da Guarda? Você acredita que os pais não sabem lidar com seus sentimentos e, principalmente, não sabem gerenciar a Guarda?
Existem diversas pesquisas que abrangem e comprovam exatamente isso: ex-casais que têm a visão e a compreensão de que é necessário preservar a parte mais vulnerável nesse processo, as crianças, educam, conversam e norteiam seus filhos da melhor forma em relação ao Divórcio e sobre o andamento da Guarda Compartilhada – sem nenhum tipo de alienação, de forma mútua e com apoio ao outro genitor (mesmo que existam rusgas e mágoas). Sabem separar os sentimentos e que, tanto o pai quanto a mãe importam, fazem falta e são essenciais para o desenvolvimento psicológico dos filhos.
Esses pais dividem de forma flexível as responsabilidades e têm comportamentos cooperativos. Não são narcisistas ou vulneráveis, são pessoas empáticas e têm atitudes parentais positivas. No melhor resumo: seus filhos em primeiro lugar, independente de qualquer coisa.
Costumo dizer, que pais divorciados têm dupla jornada na educação das crianças. Há a educação formal, que qualquer pai e mãe oferecem aos seus filhos. Com a separação, há também a Educação do Divórcio.
Os pais precisam, primeiramente, ter o discernimento, a compreensão e o envolvimento conjunto para aprenderem sobre e com as mudanças, lidando com elas assertivamente e também necessitam ensinar seus filhos a trabalhar com a adaptação emocional, com os sentimentos de rejeição e culpa que podem ocorrer, rendimento na escola, autoestima e com tudo o que muda no dia a dia.
Outro dia publiquei um post com uma frase de Helen Rowland aqui no Instagram, que diz o seguinte:
“Quando duas pessoas decidem se divorciar, não é um sinal de que não se entendem, mas um sinal de que, finalmente, começaram a se entender“.
O conflito entre os pais é o que mais causa um impacto negativo sobre os filhos. Portanto, muito do bem-estar deles envolve a capacidade de ambos se darem minimamente bem, com flexibilidade, cooperação e entendimento.
Um abraço para todos.
Ana Brocanelo – Advogada.
OAB/SP:176.438