Ana Brocanelo

Quem fica com o pet após o divórcio?

No Brasil, os animais de estimação são considerados "bens móveis" e, como tais, podem ser objeto de disputa entre as partes em um divórcio. Ainda não há legislação que determine com quem deve ficar a custódia dos cães e gatos, mas está cada vez mais frequente o Judiciário levar em consideração o reconhecimento os animais como seres sencientes e a relação de afeto com seus donos.

No Brasil, os animais de estimação são considerados “bens móveis” e, como tais, podem ser objeto de disputa entre as partes em um divórcio. Ainda não há legislação que determine com quem deve ficar a custódia dos cães e gatos, mas está cada vez mais frequente o Judiciário levar em consideração o reconhecimento os animais como seres sencientes e a relação de afeto com seus donos.

 

A questão de quem fica com o pet após o fim de um relacionamento não é tratada como questão de propriedade, mas sim como questão de guarda e visitação.

 

Como regra geral, o juiz pode determinar que um dos ex-companheiros fique com a guarda do animal, enquanto o outro tem direito a visitas regulares ou para encontrar com o animal em determinados períodos. A decisão será baseada no melhor interesse do animal e em fatores como o histórico de cuidados, o vínculo emocional e o local onde o animal será mantido.

 

Em casos em que ambos os ex-companheiros desejam ficar com o pet, o juiz pode ordenar uma avaliação comportamental para determinar qual dos dois é mais adequado para cuidar do animal. Além disso, a decisão também pode ser baseada na capacidade financeira de cada um para fornecer cuidados adequados ao pet.

 

É importante destacar que cada caso é único e a decisão final sobre a guarda do animal será baseada nas circunstâncias específicas de cada caso. Se você está enfrentando uma disputa sobre a guarda do seu animal de estimação em um divórcio, é aconselhável procurar ajuda de um advogado especialista para obter orientação necessária.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438

Mais Posts

Os desafios das mães divorciadas.

Os vários desafios emocionais, financeiros e legais que as mães separadas enfrentam todos os dias. Que passam despercebidos ou sem o devido valor. Eu sei, já passei por isso.

Avô abraçado com o neto em um campo de futebol

Como conviver com o meu neto após o falecimento do meu filho?

Quando os avós são impedidos de conviver com seus netos após a perda de um filho, a justiça pode ser acionada para garantir uma convivência avoenga. Este direito, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), visa preservar os laços familiares em benefício do melhor. Leia abaixo o artigo na íntegra.

Posso mudar o regime de bens depois da união?

A escolha do regime de bens no casamento ou união estável é fundamental para definir como serão divididos os bens do casal. Neste artigo, vamos explorar a importância de escolher o regime de bens mais adequado para o seu relacionamento, os diferentes tipos de regimes existentes e como realizar a alteração do regime, caso necessário.

Matrícula Escolar, quem decide e quem paga?

A guarda compartilhada representa um avanço significativo no direito de família brasileiro. No entanto, a sua aplicação prática ainda suscita diversas dúvidas e desafios, especialmente no que diz respeito à definição das responsabilidades parentais, à comunicação entre os genitores e à tomada de decisões sobre a educação dos filhos. Neste artigo, analisaremos os principais aspectos da guarda compartilhada, com foco nas questões relacionadas à educação dos filhos, e apresentaremos soluções jurídicas para os conflitos mais comuns nessa área.

Deixe sua mensagem